Inovações tecnológicas prometem dar mais segurança para os mais velhos que, apesar de terem dificuldades na sua locomoção ou muitos lapsos de memória, querem continuar levando a vida de maneira segura, independente e autônoma.
A designer lituana Egle Ugintaite recebeu em 2011 um prêmio de inovação da empresa Fujitisu, no Japão, ao apresentar o modelo de uma bengala do futuro. O equipamento, batizado como “the aid” (o auxílio), serve para mais do que se apoiar.
Entre as funções da bengala “high-tech” estão a medição da pressão arterial e pulsação sanguínea e um sistema de navegação GPS para que os mais esquecidos não percam o caminho de casa.
A bengala do futuro ainda é uma ideia, mas alguns produtos já estão disponíveis em países como os EUA. As GlowCaps, por exemplo, são produzidas pela empresa Vitality e podem ajudar pessoas que precisam tomar muitos medicamentos.
As GlowCaps são tampas de remédios que vêm com sensores e transmissores acoplados. O usuário do sistema pode cadastrar via computador os horários em que deve tomar os remédios.
Na hora marcada, uma luz acende sobre a cápsula. Se, mesmo assim, a tampa não for aberta, a GlowCap aciona sucessivos alarmes sonoros. Persistindo fechada, o sistema faz uma ligação para um telefone cadastrado.
AMBIENTES
No futuro, além de equipamentos, será possível encontrar casas adaptadas aos seus moradores.
O Agelab, unidade do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) que estuda o envelhecimento, desenvolveu o projeto de uma cozinha capaz de monitorar as atividades que acontecem em seu interior. Para isso, utilizou uma tecnologia da Nasa de monitoramento de satélites.
A cozinha tem como base a instalação de aparelhos de medição de corrente elétrica de altíssima precisão ligados a utensílios da casa. O uso dos objetos, como uma cafeteira, é então registrado por um servidor capaz de perceber qualquer anormalidade na rotina do idoso.
Fonte: FILIPE OLIVEIRA – Folha de São Paulo.