Da Redação (Brasília) – Durante mais de duas horas, diretores e chefes dos escritórios da fiscalização da Secretaria de Previdência Complementar (SPC), do Ministério da Previdência Social, participaram, nesta segunda-feira, de seminário com técnicos da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), sobre Fundos de Investimento e Serviços Qualificados.

Participaram servidores de Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Recife. O encontro foi coordenado pela secretário-adjunto da SPC, Ricardo Pena, e pelo vice-presidente da Anbid, Marcelo Giufrida.

Ricardo Pena, referindo-se à complexidade do universo dos fundos de pensão, disse que os fiscais da SPC precisam de informações sobre as operações financeiras realizadas, seja na carteira administrada ou em fundos de investimento exclusivos das entidades fechadas de previdência complementar. Ele sugeriu à Anbid o aperfeiçoamento do relatório de gestão, com acessibilidade pelos fiscais da SPC a essas informações.

O vice-presidente da Anbid concordou e ressaltou que esse é um canal voltado para a profissionalização entre as entidades deve ser mantido. Segundo ele, a SPC está “fazendo uma grande revolução, pela alta visibilidade” que vem conferindo às suas ações.

As três palestras da Anbid foram: “Estruturação do Produto”, de Marcelo Bonini, da Caixa Econômica Federal; “Gestão de Recursos”, por Gilberto Kfouri, do BNP Paribas; e “Serviços Prestados às Entidades Fechadas de Previdência Complementar”, de Luciano Magalhães, do Itaú, Rogério Felgueiras, do HSBC e Márcio Veronese, do Citibank.

Luciano Magalhães mostrou aos auditores-fiscais da SPC um quadro detalhado sobre o fluxo operacional das EFPC, e o papel específico de cada ator envolvido na gestão de recursos da Anbid junto a elas. Assim, o gestor foi citado como o responsável pela estratégia de investimentos; o administrador, como responsável legal pela terceirização de atividades e o custodiante, como responsável pela guarda dos ativos, pela execução das liquidações físicas e financeiras, pelo controle dos eventos e por todos os relatórios de suporte desses processos. O controlador, por seu turno, seria o responsável pelas atividades de controladoria, como cálculo de cotas, dentre outros.

Na palestra sobre “Gestão de Recursos”, Gilberto Kfouri observou que “o objetivo de retorno deve ser compatível com o risco assumido e com as restrições”, pois “em momentos de incerteza o gestor pode não se valer de todo risco admitido”.

Ainda no capítulo de “Gestão”, Kfouri referiu-se ao mandato (conceito de diversificação), dizendo que ele deve ser enxergado no seu todo. “O gestor deve maximizar a relação risco e retorno. Muitas vezes o gestor se vale de um mercado para baixar o risco de uma exposição a outro mercado”. E exemplificou: “O fundo possui ações e LTN travada com DI. O gestor vê mais prêmio no pré do que na Bolsa. Vende parte das ações e destrava parte dos futuros de DI. Isoladamente pode não fazer sentido para a fiscalização, mas para a gestão é totalmente coerente”, afirmou.

Além de Ricardo Pena, da SPC, encontravam-se presentes no seminário os diretores de Fiscalização e de Assuntos Econômicos, respectivamente Fábio Fernandes e Carlos Eduardo Gomes.

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Fonte: www.previdencia.gov.b