Profissionais de fundos de pensão e ambientalistas reuniram-se na última quarta-feira durante o 2º Seminário: A Sustentabilidade e o Papel dos Fundos de Pensão no Brasil, realizado pela Abrapp, no Rio de Janeiro. O objetivo foi debater a importante contribuição que os fundos podem oferecer ao planeta se incluírem em suas políticas de investimentos uma visão socialmente responsável.
O debate levantou uma questão conflitante: o sistema econômico versus a preservação ambiental. Para o economista-chefe do Santander Asset Mannagement, Hugo Penteado, a premissa de utilizar o PIB (Produto Interno Bruto) como principal indicador macroeconômico para mensurar a atividade econômica dos países, estimula de maneira desenfreada o consumo e a produção, priorizando a economia em detrimento do planeta e das pessoas. “Precisamos acabar com o mito de que o meio-ambiente é inesgotável”.
Para os fundos de pensão, pensar em sustentabilidade é essencial, já que o seu negócio exige perenidade. O especialista alerta que os investidores precisam estar atentos ao potencial de retorno das empresas e acrescenta que “as antenadas com a preservação do meio-ambiente estão em vantagem e apresentarão melhores resultados no futuro”.
Marcus Madureira e Nemrod Costa, ambos da Previ, mostraram a experiência e as boas práticas de investimentos da entidade. Também abordaram a importância de os fundos aderirem ao PRI (Princípios para o Investimento Responsável).
Tasso Azevedo, consultor de Clima e Florestas, demonstrou a atual condição do planeta e projetou um futuro preocupante no que diz respeito, principalmente, à reserva de água, utilização de energia não renovável e aumento de temperatura. Ele acredita que o Brasil precisa pensar em conservação, já que o País depende dos recursos naturais para movimentar a maior parte da economia. (Petros/AssPreviSite)