Donos de participações relevantes em grandes corporações, os fundos de pensão podem ser atores relevantes para o avanço da sustentabilidade na economia. A avaliação é do diretor de investimentos da Previ, Renê Sanda, que afirma que o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil leva em conta critérios de sustentabilidade em suas decisões de investimento e já descartou a compra de participações em empresas consideradas pouco sustentáveis. “Somos uma parte importante dessa transformação. Os fundos de pensão, em muitos casos, participam do controle acionário das empresas. A Previ sozinha tem mais de 200 integrantes de conselho de administração e fiscal de empresas”, afirmou Sanda, durante o Fórum de Sustentabilidade Corporativa Rio+20, no Rio de Janeiro.
A ideia da Previ é treinar (e cobrar) esses conselheiros para que sejam ativos em levar os conceitos de sustentabilidade a essas empresas. Sanda elencou alguns dos critérios da Previ. No caso de ativos imobiliários, por exemplo, o fundo só investe em edifícios com certificações verdes. A Previ, disse, só contrata gestores de private equity que consideram seguir os Princípios do Investimento Responsável (PRI) e usou o critério “verde” como excludente ao avaliar o investimento em debêntures de infraestrutura. “Já há um consenso de que do ponto de vista do longo prazo investimentos considerados verdes são menos arriscados. O dilema agora que se vive é para investimentos mais de curto prazo, como fundos de investimento e DTVMs”, afirmou Sanda. O Estado de S. Paulo.