O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse ontem que a emenda do Senado que estabelece que o reajuste de todos os aposentados e pensionistas será igual ao concedido para os que ganham salário mínimo, que pode ser votada hoje na Câmara, será barrada pela base aliada.
“Vai existir (…) uma articulação para não colocar isso em votação. Os líderes tanto da base quanto do governo vão trabalhar para que isso não entre em votação. Inclusive vão assinar requerimentos para retirar da pauta”, disse o ministro.
Segundo ele, a medida entrou na discussão da política de valorização do salário mínimo –que o governo federal quer que seja aprovada.
Essa discussão, diz o ministro, deve ser separada da relativa ao salário mínimo porque é uma medida “insustentável” para as finanças do governo federal.
“Estamos procurando proposta alternativa justamente porque não concordamos com a emenda que leva o reajuste para todos os aposentados. É uma emenda insustentável para o governo federal, com os impactos que isso tem. Então esse não é o momento para se aprovar um tema como esse”, explicou.
Reajuste na pauta
Diante da insistência dos aposentados e de parlamentares, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), incluiu a proposta sobre o reajuste para os aposentados na pauta de votações desta quarta-feira.
Há alguns meses, aposentados e pensionistas têm feito mobilizações no Congresso pela votação da matéria. Se aprovada, mais de 8 milhões de aposentados terão seus benefícios reajustados pelo mesmo índice concedido ao salário mínimo.
A proposta foi incluída no Senado, no projeto do Executivo que tratou do reajuste do salário mínimo de 2007, e aprovada pelos senadores. (Folha Online)