O final do ano está chegando e com ele o 13º salário para grande parte dos brasileiros. De acordo com pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), o número de pessoas que pretende utilizar a renda extra para quitar dividas deve aumentar em 2009. O estudo aponta que 64% dos entrevistados afirmam o desejo de colocar as contas em dia com o pagamento, que deve ter sua primeira parcela paga pelas empresas até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro.

Segundo dados do Dieese, o 13º deve injetar cerca de R$ 85 bilhões na economia brasileira, valor que representa 2,8% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Ao todo, a renda de fim de ano deve beneficiar 70 milhões de trabalhadores.

Embora o país esteja em um período pós-crise, é prudente que o consumidor brasileiro não se empolgue na hora das compras de fim de ano e não comprometa seu orçamento para o ano que vem.

Mesmo para quem já controla bem as finanças, é importante avaliar o quanto poderá gastar no fim do ano sem comprometer suas verbas para 2010:
– Utilize o 13º para quitar dívidas pendentes, preparar a festa de natal e fim de ano,
– Não se esqueça das despesas extras de janeiro, como IPVA, IPTU, matrículas e material escolar.

Podemos estabelecer dois cenários diferentes para utilização da renda extra de fim de ano, considerando duas situações distintas:

Situação A: quem não está endividado
Divida o 13º em três partes: uma para despesas com as festas de fim de ano (incluindo despesas com viagem), outra para compra de presentes e a última para despesas extras do início de 2010.

Situação B: quem tem dívidas pendentes
Priorize o 13º para quitar suas dívidas. Procure quitar primeiro as dívidas de “pior qualidade”, ou seja, aquelas que têm incidência de juros mais altos, como cheque especial, parcelamento de cartão de crédito, etc. Estas dívidas chegam a ter taxas de juros de 10% a 12% ao mês, ou mais de 160% ao ano – um absurdo! Fuja delas.

Se depois de quitar suas dívidas, ainda sobrar parte do seu 13º, siga as demais prioridades: festas de fim de ano, presentes e despesas do início de janeiro. (Cláudio Carvajal)