Menos populares, entidades fechadas de previdência vêm crescendo de modo consistente.
As entidades fechadas de previdência complementar, chamadas de fundos de pensão, também abrigam uma parcela significativa de contribuintes que terão complementaridade em suas aposentadorias. Elas também têm registrado crescimento consistente nos últimos anos, embora o número de novos entrantes no sistema não cresça a passos largos – em setembro, o mercado registrava pouco mais de 1,9 milhão de participantes ativos – a carteira de investimentos somava R$ 474,5 bilhões. “Além da própria rentabilidade dos investimentos, os contribuintes não deixam de fazer aportes, o que ajuda no crescimento do mercado”, afirma José Ribeiro Pena Neto, vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).
O melhor benefício
O executivo, que também é diretor da Forluz (fundo de pensão dos funcionários da Cemig e suas subsidiárias), explica que o processo de abertura de um novo fundo de pensão é complexo, além de as empresas não fazerem grandes contratações. “A Abrapp sempre procura mostrar às empresas que oferecer um fundo de pensão a seus funcionários é o melhor benefício. Mas também sabemos das dificuldades. Por isso sempre recomendamos que a companhia interessada faça um estudo antes de criar um plano complementar de aposentadoria”, diz
Nesse sentido, os fundos instituídos – fundos de entidades de classe, conselhos de profissionais liberais, sindicatos e cooperativas – têm desempenhado papel fundamental. “Os fundos instituídos têm conseguido apresentar crescimento em número de participantes. Por ser um segmento relativamente novo – com apenas cinco anos de existência – ainda apresenta um enorme potencial de crescimento. Alémdisso, esses fundos contam com gestores externos, o que reduz os gastos”, ressalta Neto.
Educação financeira
A Abrapp também está engajada na questão da educação previdenciária. “As pessoas precisam saber que passada uma certa idade _ entre 30 e 35 anos _, fica difícil acumular recursos suficientes para manter seu atual padrão financeiro. Além disso, as pessoas esquecem que seu padrão de vida será maior com mais idade quando comparado com o início da vida profissional”, pondera o vice-presidente da associação.
O Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros, de Previdência e Capitalização (Coremec) conta inclusive com um capítulo referente à educação financeira e dentro dele será abordada a educação previdenciária. “Atualmente o projeto está no patamar de como a iniciativa privada vai contribuir”, explica o vice-presidente da entidade. A Abrapp apoia igualmente as entidades que têm ou querem ter projetos próprios de educação financeira. (Vanessa Correia – Brasil Econômico/CQCS) .