Há mais de três meses a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) não subia tanto (2,96%) como na rodada de negócios de ontem.


O front externo forneceu os principais motivos: uma importante sondagem do segmento privado mostrou que o setor industrial norte-americano se expandiu pelo 13º mês consecutivo -e num ritmo até melhor do que o previsto.


Investidores também reagiram às notícias vindas da China, onde o setor manufatureiro teve o maior crescimento dos últimos três meses. Indicadores desse país costumam ter forte impacto na Bolsa brasileira, em que as ações de empresas baseadas em matérias-primas (como a Vale e a Petrobras) têm enorme peso.


A sessão de ontem confirmou a regra: as ações da Vale subiram mais de 4%, assim como os ativos da Gerdau e da CSN. Os papéis da Petrobras igualmente tiveram muita procura, também se valorizando em 4%.


Analistas mostraram cautela: alguns dos indicadores mais importantes da semana, e, portanto, com potencial para derrubar os preços, serão divulgados amanhã.
No exterior, o índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, ascendeu 2,5%, enquanto, na Europa, as ações se valorizaram em 2,7% em Londres e em 3,8% em Paris. Já no mercado de câmbio doméstico, o dólar recuou para R$ 1,747, o seu menor preço desde o início de maio.  (Folha de S.Paulo)