Somando o patrimônio das previdências privadas abertas e fechadas, os trabalhadores, diretamente ou por intermédio das empresas em que trabalham, reuniram ativos da ordem de R$ 700 bilhões para complementar a aposentadoria. Esse valor já corresponde a 25% do Produto Interno Bruto (PIB) e será fator de estabilidade econômica no futuro. A complementação da renda é muito conveniente, pois não se pode imaginar que a Previdência Social possa manter indefinidamente a política atual de recuperação do valor real dos benefícios.

Nos últimos oito anos, o patrimônio dos fundos de pensão cresceu três vezes e o dos fundos abertos, mais de seis vezes. Ainda assim, os ativos previdenciários são pequenos no Brasil, comparados aos de países desenvolvidos – na Holanda, superam os 130% e na Grã-Bretanha, 80% do PIB, com média de 75% do PIB nos países-membros da OCDE.

Os fundos de previdência foram estimulados nos últimos anos por juros reais elevados nas aplicações de renda fixa e valorização das ações, às quais destinam, diretamente, 17% do patrimônio e, indiretamente, cerca de 10%, por intermédio dos fundos de renda variável. Se houver queda de juros, os fundos tenderão a aplicar parcela maior do seu patrimônio em renda variável, obrigando os participantes a um acompanhamento mais atento da remuneração. (O Estado de S. Paulo)