O PIB reflete o valor de toda a riqueza gerada no país em um período. Em 2.011, cresceu 2,7%. Quanto mais, melhor. Mais riqueza e mais empregos. Agora, não há aumento de PIB sem investimentos de longo prazo. E estes dependem muito da taxa de poupança interna. A nossa é baixa: não chega a 19%. Na China, é de 47%. De cada U$ 100 gerados lá, poupa-se U$ 47. Por isso o PIB médio deles é 3, 4 vezes maior. Aqui, a cultura e a inflação nos forjaram imediatistas e sem cacoete de poupança. 

Há três fontes de poupança interna: a poupança do governo, a dos negócios (especialmente bancos) e a das pessoas. Quanto à do governo, ele gasta quase tudo do que arrecada. Por isso não faz obras, mas dá concessões e chama o empresariado a investir através do PAC ou das PPPs. 

Quanto à poupança dos bancos, estes não correm riscos no longo prazo. Preferem ganhar no curto prazo, financiando a juros ainda exorbitantes em 24, 36 ou 60 meses. 

O que sobra, então? Para investimentos em projetos de longo prazo de maturação, como a construção de uma indústria ou de um porto, que promovem aumento do PIB e tudo de bom que dele deriva, sobra só a poupança das pessoas. Nome disso: previdência privada. Pois é do R$ 1 trilhão dessa poupança que tem saído a melhora do padrão de vida de todos nós. 

Renato Follador – Rádio CBN/AssPreviSite.