A Fundação Banestes de Seguridade Social – Baneses divulgou, nesta terça-feira (18), os índices de reajuste dos benefícios de seus aposentados e pensionistas, válidos a partir deste mês de setembro (2018). Confira:
REAJUSTE PLANO I
(Benefícios originados das reservas constituídas até 30/04/1998)
2,7951% para as aposentadorias iniciadas até dezembro de 2013;
3,0381% para as aposentadorias iniciadas a partir de janeiro de 2014.
REAJUSTE PLANO II
(Benefícios originados das reservas constituídas a partir de 01/05/1998)
4,8930% para as aposentadorias iniciadas até dezembro de 2013;
5,1410% para as aposentadorias iniciadas a partir de janeiro de 2014.
DADOS DO PERÍODO
Os principais índices que apontam qual será o reajuste possível para o ano, de uma forma resumida, são a inflação (IGP-DI) e a rentabilidade dos investimentos relativos ao período de setembro do ano anterior a agosto do ano vigente.
Período: setembro de 2017 a agosto de 2018
Rentabilidade do patrimônio: 11,1865%.
Inflação medida pelo IGP-DI: 9,0647%.
Inflação oficial do país (IPCA): 4,1927%
Fundo de Gestão Administrativa requer atenção especial
Quem participou das apresentações do programa Baneses com Você deste ano, que percorreu diversos municípios das regiões norte, sul e metropolitana do estado, viu que abordamos a situação atual do nosso PGA – o Plano de Gestão Administrativa da Entidade.
A Baneses buscou esclarecer o cenário atual da instituição que, assim como os demais fundos de pensão do país, está sentindo os impactos da redução das taxas de juros e da arrecadação destinada ao custeio administrativo.
O PGA é uma espécie de orçamento existente nas Entidades Fechadas de Previdência Complementar (também conhecidas como Fundos de Pensão) referente à gestão dos planos de benefícios, destinado ao pagamento das despesas administrativas, tais como água, energia elétrica, telefone, empregados, serviços terceirizados, consultorias de investimento e atuarial, de fiscalização, custódia de títulos, dentre outras.
Os recursos do PGA são basicamente provenientes da Contribuição Extra paga pelos Participantes, Assistidos e Patrocinadores, além do retorno das aplicações desses recursos no mercado, da taxa de administração de empréstimo e do ressarcimento dos custos dos investimentos.
De modo a assegurar a estabilidade e a perenidade da gestão administrativa dos planos, é mantido um fundo administrativo, constituído das sobras desses recursos.
Em alguns fundos de pensão, à medida que o plano atinge sua maturidade, há uma tendência de redução de receitas e, com isso, a necessidade de lançar mão de um volume maior de recursos do fundo administrativo, que pode ir se exaurindo.
Recentemente, estudos atuariais nos apontaram que os recursos desse Fundo entraram num percurso de queda quando projetados para os próximos anos.
Mas por que os recursos administrativos estão diminuindo?
Dentre os motivos para essa redução, podemos apontar dois como os principais:
- Mudança de perfil do nosso grupo de Participantes e Assistidos.
Com o aumento do número de aposentados e a diminuição do número de empregados ativos, a arrecadação administrativa também muda. Isso porque, quando na ativa, o Participante contribui com 0,5% do seu salário de participação, e o Patrocinador efetua igual contribuição.
Já na aposentadoria, o Assistido contribui com 0,5%, não havendo contribuição do Patrocinador. Além disso, o percentual incide sobre o seu benefício de aposentadoria, o que, na maioria dos casos, é menor que seu salário da ativa.
Somado a isso, há ainda os que optam pelo resgate da reserva, não contribuindo mais com a Fundação.
- Queda expressiva da taxa de juros.
Os fundos de pensão do país vivem, basicamente, dos juros das aplicações feitas no mercado. Portanto, qualquer variação nas taxas de juros impacta diretamente na rentabilidade dos nossos investimentos.
A taxa de juros SELIC, por exemplo, somente nos últimos 3 anos, sofreu uma queda de 14,25% (2015) para 6,50% (2018), reduzindo a rentabilidade das nossas aplicações, como o caso do próprio Fundo Administrativo.
O que a Fundação tem feito quanto a isso?
Sabendo dessa realidade, a Fundação Banestes não tem poupado esforços para reduzir ao máximo suas despesas administrativas. Essas medidas são essenciais e prioritárias, feitas antes mesmo de qualquer outro passo. Algumas delas:
- Revisão dos contratos: a Fundação fez um intenso trabalho de redução ou não reajuste no valor dos seus contratos com prestadores de serviços;
- Redução de gastos com Correios: reduziu-se em 90% os gastos com os Correios, principalmente após a suspensão do envio dos contracheques por correspondência;
- Redução de impressões: tivemos uma queda de 50% no consumo de impressões e papel;
- Redução do quadro de pessoal: reduzimos em 11% o quadro de pessoal e em 70% o número de estagiários;
- Outros: redução de pessoal terceirizado, além de outras reduções de consumo como energia elétrica, água e itens de cozinha.
Enquanto Fundo de Pensão, a Baneses sofre diversos impactos externos, alheios a sua vontade – como aumento da longevidade, redução da taxa de juros, greve dos caminhoneiros, crises políticas, eleições, etc. – e que influenciam diretamente em seus investimentos e compromissos.
Agindo de forma tempestiva e preventiva frente às situações que se apresentam, vamos minimizando os impactos de um eventual esforço que se fizer necessário. O importante é saber que seguimos trabalhando firmes para manter a Baneses cada vez mais sólida e equilibrada, resguardando e fortalecendo o nosso Patrimônio que aqui está.
Em caso de dúvidas específicas, você pode enviar e-mail para falecomagente@baneses.com.br, ou ligar para (27) 3383-1900.